
Com exportação de três mil toneladas de carne bovina no primeiro bimestre de 2025, o Maranhão registrou crescimento de 90% no volume comercializado, quando comparado ao mesmo período de 2024. Maranhão registra crescimento de 90% na exportação de carne bovina em 2025, aponta Etene
Com esse desempenho, o Maranhão se consolida líder da exportação de carne da região Nordeste, contribuindo majoritariamente para os resultados econômicos regionais. A alta nas exportações gerou receita de US$ 12,2 milhões para o estado, montante 118% maior para os meses de janeiro e fevereiro, em relação ao ano anterior.
O estudo do Etene aponta, ainda, que o Maranhão possui vantagens estratégicas para alcance dessa marca nas comercializações externas, como posição logística, inserção no MATOPIBA (fronteira agrícola que abrange parte dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e áreas de pastagem com boas condições de solo e clima, especialmente nas regiões pré-amazônicas. Esses fatores favorecem sistemas semi-intensivos e intensivos de produção agropecuária.
O superintendente estadual do Banco do Nordeste no Maranhão, Isaque Nascimento, atribui parte desse avanço ao e financeiro promovido pela instituição financeira. “O Banco do Nordeste tem investido fortemente na pecuária de corte no estado. De 2018 a 2024, o Maranhão respondeu por 29% de todo o volume de crédito contratado para bovinocultura de corte na área de atuação do Banco, sendo 97% dos recursos provenientes do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Isto que representa um impulso decisivo para a cadeia produtiva maranhense e alavanca resultados como produtividade, comercialização e rentabilidade das atividades do campo”, destaca o executivo.
Em todo o Nordeste, as exportações de carne bovina também registraram alta, tanto em volume quanto em valor. O crescimento foi de 65% em volume de insumos e de 78% em valor nas exportações do setor, alcançando US$ 17,2 milhões em vendas externas. Somente o Maranhão foi responsável por 70% do montante faturado.
As exportações nordestinas foram destinadas a 49 países, a maior parte delas para a América do Sul e Ásia, especificamente Uruguai e Hong Kong. Os principais países inseridos neste mercado continuam a recuperar-se dos efeitos geopolíticos e econômicos pós-pandemia, assim, o crescimento na demanda por carne brasileira, ainda que moderado, revela-se positivo e fundamental para o significativo incremento comercial exterior, conclui o estudo.